Na segunda-feira, dia 05/12, aconteceu, na
sede administrativa do Parque Estadual da Serra do Rola Moça, reunião do seu
Conselho que iniciou as discussões sobre os impactos do megaprojeto imobiliário
da CSUL, localizado entre os municípios de Nova Lima, Brumadinho e Itabirito, com
previsão de ocupação na estrutura geológica conhecida como Sinclinal da Moeda
de mais de 200 mil pessoas nos próximos 50 anos, e com uma demanda de mais de 2.300.000m3
de água por mês na sua capacidade máxima, segundo relatório da consultoria da
CSUL.
A ONG Abrace
a Serra da Moeda fez requerimento de retirada de pauta do empreendimento, o que
foi indeferido pelo Presidente do Conselho. A CSul fez uma apresentação, argumentando
que seu empreendimento não causará danos aos recursos hídricos, além de ter
atribuído responsabilidade por esse impacto à concessionária de água de Nova
Lima, Samotrácia.
A apresentação
técnica da ONG Abrace para os Conselheiros foi adiada para a próxima reunião em
virtude de queda de energia. Alguns conselheiros destacaram a preocupação com os
impactos hídricos do empreendimento, o que culminou em vários pedidos de vistas
do processo de anuência no Conselho do Parque. Também foi formado um grupo de
trabalho que analisará o caso e deverá emitir relatório.
A insatisfação da ONG decorre da
ausência de estudos hidrogeológicos prévios consistentes que atestem a
viabilidade ambiental do empreendimento, que tem potencial de causar impactos
diretos sobre as nascentes do Monumento Natural da Mãe D’água (unidade de
conservação de proteção integral), localizado na Serra da Moeda, em Brumadinho,
responsável por abastecer diretamente mais de 10 mil famílias, além de servir
como zona de recarga da Bacia do Rio Paraopeba.
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