Uma jararaca foi encontrada no lixo retirado da Serra da Moeda |
Mutirão
pela limpeza da Serra da Moeda acontece pelo segundo ano consecutivo
Mais uma vez
mobilizados pela proteção da Serra da Moeda, moradores de diversas comunidades
da encosta, condôminos, empresários e ambientalistas se reuniram neste domingo para
um ato em defesa da montanha e do vale. Um grande mutirão, que se reuniu logo
cedo na rampa de decolagem do Topo do Mundo, esteve comprometido, por toda a
manhã de domingo em limpar a montanha do lixo que, lamentavelmente, recebe
cotidianamente.
Pela segunda
vez, os integrantes da ONG Abrace a Serra da Moeda estão preocupados com o
perigo representado pelo acúmulo de lixo pela mata e ao longo da estrada, que potencializa
a deflagração de incêndios florestais, comuns no período de estiagem.
Neste ano foram recolhidos
mais de 8.000 mil litros de lixo, além de entulhos como sofá, restos de móveis
e televisor, que se misturavam aos exemplares de bromélias, canelas-de-ema,
orquídeas e outras raras espécies da flora da região e se alastravam para o
entorno da BR 040 e na descida para o Vale.
Além de
contribuir para a despoluição da Serra da Moeda, a iniciativa reitera a
necessidade de criação do Monumento Natural da Serrinha
ou Mãe D’Água que, no dia 10 de julho, que deve ser votado pela
Assembleia Legislativa de Minas Gerais no âmbito da Comissão de Constituição e
Justiça.
O projeto de
lei estadual 1.630/11, de autoria do deputado Rogério Correia, prevê a proteção
integral de 500 hectares na montanha, preservando mais de 50 nascentes
existentes na região, além da fauna e flora que somente existem naquele
ecossistema e ameaçados de extinção.
Em abril
deste ano, a ONG Abrace a Serra da Moeda reuniu 7 mil pessoas na rampa de
decolagem de voo livre para um abraço simbólico a montanha, ato que há cinco
anos luta pela proteção da Serra da Moeda e seu vale, hoje ameaçados com a
expansão da mineração, e pleiteia a criação do Monumento Natural na Serra da Moeda.