Não é só em Minas Gerais que o mega empreendimento da empresa Ferrous Resources no Brasil tem chegado de forma avassaladora e irresponsável.
No estado do Espírito Santo, por onde passará o mineroduto e onde está prevista a construção de um porto, (destino para o minério extraído nas Minas Serrinha, Viga e Esperança) inúmeras consequências já podem ser previstas e sentidas.
De acordo, com Renata Rios, o empreendimento, que poderá ser construído entre as praias de Marobá e das Neves, ocupará a área utilizada para a pesca do camarão, alterando o modo de vida e sustento de muitas comunidades, além de trazer riscos concretos a diferentes espécies da fauna e flora marinha.
Acompanhe o alerta feito por Rios no texto que se segue, publicado originalmente no blog: http://renatariosdekennedy.blogspot.com/2010/09/ibama-marca-audiencia-para-discutir.html
Ibama marca audiência para discutir LP para Ferrous Resources
O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) marcou para o próximo dia 16 a audiência pública que irá analisar a emissão da Licença Prévia (LP), do Terminal Portuário Privativo da Ferrous Resources, no município de Presidente Kennedy, no sul do Estado.
Para construir o terminal, a Ferrous deverá dragar a região com comprimento total de 7,6 km, construir um quebra-mar em formado de “L” com 1,8 km de comprimento, um pátio de armazenagem para 2,5 milhões de toneladas e um cais contínuo com dois berços de atracação.
Segundo o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) do empreendimento, a Ferrous construirá também um mineroduto de 400 quilômetros de extensão.
A intervenção na região prejudicará pescadores que residem em Presidente Kennedy, Marataízes, Piúma e outras localidades da região que não foram ouvidos até o momento sobre o empreendimento e afirmam que a construção do terminal prejudicará cerca de 150 pescadores que tiram o seu sustento da região.
O empreendimento, que poderá ser construído entre as praias de Marobá e das Neves, ocupará a área utilizada para a pesca do camarão. “As famílias vivem há 50 anos deste recurso e só somos informados sobre o que se passa porque estamos cobrando muito”, afirmou o presidente da Federação das Colônias e Associações de Pescadores e Aquicultores do Estado do Espírito Santo (Fecopes), Adwalber Lima, conhecido entre os pescadores como Franklin.
A informação dos pescadores é que a empresa, além de não propor nenhuma ação de mitigação aos danos dos pescadores, está cercando as áreas de alagados de onde são retirados semanalmente mais de 2 mil quilos de bagres africanos para comercialização.
Acuados, os pescadores afirmam que, mesmo antes do seu licenciamento, o empreendimento está dificultando a sobrevivência da comunidade, que atualmente vive com suas lagoas e alagados cercados pela empresa e guardados por seguranças particulares armados.
Segundo Franklin, não há comunidade dividida, todos os pescadores estão insatisfeitos com a possibilidade de construção de um porto em Presidente Kennedy.
Segundo o Rima, a geração de luminosidade, ruídos, vibrações e emissões gerados pelo funcionamento dos instrumentos e equipamentos poderão afugentar espécies, principalmente aves e mamíferos. A fuga e o estresse de animais são praticamente inevitáveis neste projeto.
O relatório informa ainda que espécies poderão mudar suas características biológicas do local promovendo alterações nas estruturas das comunidades nativas e acarretando a perda de biodiversidade.
Outros impactos que serão gerados pela Ferrous Logística S/A são as alterações da qualidade dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos; alterações no ambiente marinho; risco de derramamento de óleo com conseqüência imediata na qualidade da água; retirada de vegetação e perda acentuada do habitat de animais marinhos.
A audiência será realizada no dia 16, no "Correão" no Centro de Presidente Kennedy.
fonte: Jornal Século Diário/ reporter Flavia Bernardes
No estado do Espírito Santo, por onde passará o mineroduto e onde está prevista a construção de um porto, (destino para o minério extraído nas Minas Serrinha, Viga e Esperança) inúmeras consequências já podem ser previstas e sentidas.
De acordo, com Renata Rios, o empreendimento, que poderá ser construído entre as praias de Marobá e das Neves, ocupará a área utilizada para a pesca do camarão, alterando o modo de vida e sustento de muitas comunidades, além de trazer riscos concretos a diferentes espécies da fauna e flora marinha.
Acompanhe o alerta feito por Rios no texto que se segue, publicado originalmente no blog: http://renatariosdekennedy.blogspot.com/2010/09/ibama-marca-audiencia-para-discutir.html
Ibama marca audiência para discutir LP para Ferrous Resources
O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) marcou para o próximo dia 16 a audiência pública que irá analisar a emissão da Licença Prévia (LP), do Terminal Portuário Privativo da Ferrous Resources, no município de Presidente Kennedy, no sul do Estado.
Para construir o terminal, a Ferrous deverá dragar a região com comprimento total de 7,6 km, construir um quebra-mar em formado de “L” com 1,8 km de comprimento, um pátio de armazenagem para 2,5 milhões de toneladas e um cais contínuo com dois berços de atracação.
Segundo o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) do empreendimento, a Ferrous construirá também um mineroduto de 400 quilômetros de extensão.
A intervenção na região prejudicará pescadores que residem em Presidente Kennedy, Marataízes, Piúma e outras localidades da região que não foram ouvidos até o momento sobre o empreendimento e afirmam que a construção do terminal prejudicará cerca de 150 pescadores que tiram o seu sustento da região.
O empreendimento, que poderá ser construído entre as praias de Marobá e das Neves, ocupará a área utilizada para a pesca do camarão. “As famílias vivem há 50 anos deste recurso e só somos informados sobre o que se passa porque estamos cobrando muito”, afirmou o presidente da Federação das Colônias e Associações de Pescadores e Aquicultores do Estado do Espírito Santo (Fecopes), Adwalber Lima, conhecido entre os pescadores como Franklin.
A informação dos pescadores é que a empresa, além de não propor nenhuma ação de mitigação aos danos dos pescadores, está cercando as áreas de alagados de onde são retirados semanalmente mais de 2 mil quilos de bagres africanos para comercialização.
Acuados, os pescadores afirmam que, mesmo antes do seu licenciamento, o empreendimento está dificultando a sobrevivência da comunidade, que atualmente vive com suas lagoas e alagados cercados pela empresa e guardados por seguranças particulares armados.
Segundo Franklin, não há comunidade dividida, todos os pescadores estão insatisfeitos com a possibilidade de construção de um porto em Presidente Kennedy.
Segundo o Rima, a geração de luminosidade, ruídos, vibrações e emissões gerados pelo funcionamento dos instrumentos e equipamentos poderão afugentar espécies, principalmente aves e mamíferos. A fuga e o estresse de animais são praticamente inevitáveis neste projeto.
O relatório informa ainda que espécies poderão mudar suas características biológicas do local promovendo alterações nas estruturas das comunidades nativas e acarretando a perda de biodiversidade.
Outros impactos que serão gerados pela Ferrous Logística S/A são as alterações da qualidade dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos; alterações no ambiente marinho; risco de derramamento de óleo com conseqüência imediata na qualidade da água; retirada de vegetação e perda acentuada do habitat de animais marinhos.
A audiência será realizada no dia 16, no "Correão" no Centro de Presidente Kennedy.
fonte: Jornal Século Diário/ reporter Flavia Bernardes