População de Brumadinho se organiza em rede para atuar junto às famílias atingidas pelo rompimento das barragens da Mina Córrego do Feijão



Representantes de comunidades atingidas pelo crime socioambiental da Vale, em Brumadinho, reuniram-se na última segunda-feira (28) com líderes comunitários da sede do município e das cidades do entorno, como Mário Campos, Sarzedo e Belo Horizonte com o objetivo de estruturar uma rede de apoio às famílias atingidas e pensar no futuro da região atingida.
O encontro, organizado pela ONG Abrace a Serra da Moeda, pelo Pólos de Cidadania (Programa de Extensão, Ensino e Pesquisa da UFMG), e por membros da PUC Minas (NUPEGS/PPGA/PUC- Programa de Pós-Graduação em Administração) - no Centro de Treinamento de Lideres Dom Jose Dalvit contou com a participação de mais de 100 pessoas, entre elas profissionais das áreas da psicologia, assistência social, advocacia, meio-ambiente, educação, história, dentre outros.
​A ideia do grupo é constituir uma rede de apoio à curto, médio e longo prazo, que possa assessorar as famílias atingidas nas áreas psicológica, social e jurídica. Outro objetivo é cuidar de questões relacionadas ao meio-ambiente e à salvaguarda das histórias e memórias das comunidades atingidas, assim como da tragédia que nos devasta desde o dia 25.​
​De imediato já está em estruturação o plantão psicológico, coordenado pelo Programa Polos de Cidadania da UFMG, e o plantão jurídico coordenado pela ONG Abrace a Serra da Moeda. Cada grupo contará com uma equipe de profissionais dispostos a colaborar com a rede, de forma voluntária.
Uma página criada no Facebook será um dos meios de comunicação entre os grupos e a comunidade, assim como  de divulgação das notícias e informações que possam servir de subsídio à conscientização e a luta por direitos dos atingidos pelo crime socioambiental ocorrido em Brumadinho e de responsabilidade da VALE S.A.
Frente a experiência do desastre ambiental da Samarco em Mariana, ocorrido em 2015, a preocupação maior do grupo é minimizar o sofrimento das famílias atingidas, e também prestar um apoio amplo para o enfrentamento das consequências desse evento. A avaliação do grupo é de que, no crime cometido em Mariana, a Samarco. minimizou os prejuízos das vítimas, sem que houvesse transparência nos processos e reparação completa dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão. A população foi ainda afastada do diálogo para a resolução de seus próprios conflitos e acabou fragmentada e dividida por regiões o que impactou a construção coletiva de soluções.
Para evitar que essa situação se repita em Brumadinho, o coletivo Eu Luto - Brumadinho Vive, nome escolhido pelos participantes para essa rede de apoio, tem como propósito denunciar o crime cometido pela VALE S.A.; fomentar centralidade, autonomia e protagonismo das pessoas, famílias e comunidades atingidas pelo rompimento das barragens no planejamento e reconstrução do futuro da região; além de valorizar os vínculos familiares e comunitários em busca da coesão social.
O grupo se organiza para mostrar que a região está viva e que sua diversidade é a força para a busca de seus objetivos comuns. Para o coletivo Eu Luto - Brumadinho Vive,  todo o apoio é bem-vindo desde que seja respeitada a autonomia e o protagonismo do povo de toda a região de Brumadinho.

Serviço:

Contato assessoria de imprensa:
Rosiane Bechler - (31) 996646032
www.facebook.com/eulutobrumadinhovive

Polos de Cidadania:
polosdecidadania.com.br - (31) 3409-8676
www.facebook.com/polosdecidadania

PUC Minas (Programa de Pós-Graduação em Administração)
Armindo dos Santos de Sousa Teodosio (Professor)- (31) 98794 9564
Armindo.teodosio@gmail.com

ONG Abrace a Serra da Moeda:
abraceaserradamoeda.blogspot.com - (31) 99964 2109
abraceaserradamoeda@gmail.com


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